Quando eu entrei aqui, eu ainda não tinha despertado. Isso foi acontecer quando eu estava em uma atividade fazendo laborterapia. Eu entendi que seria difícil, mas que eu precisava e Deus não me abandonaria. A partir daí minha maneira de ver o mundo mudou. Eu passei estar mais aberta e a aceitar ser ajudada pelas pessoas, o que não acontecia antes, porque eu era muito fechada e tinha de fazer tudo sozinha.
Aqui no Instituto eu pude perceber como é bom poder viver em comunidade, contando com as pessoas para me ajudar e podendo ajudar aos outros também. Aqui eu entendo que a gente não consegue passar pela vida sozinho. A rua às vezes te coloca em muitas situações de solidão, e a gente passa a acreditar que a vida é isso: solidão. Aqui no Instituto eu aprendi que a vida pode ser mais, e que a gente também pode ser mais.
Hoje eu estou cada vez mais retomando o contato com meus filhos, fazendo planos, vou em breve conhecer minha neta e tantas outras coisas boas que eu vou poder aproveitar, porque eu despertei e o Instituto abriu as portas para mim”.