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01/06/2022

Ponto de Partida - relato de experiência de produção do filme

Produção do Filme Ponto de Partida, realizado com crianças e adolescentes

Ponto de Partida - relato de experiência de produção do filme
Relato da experiência do serviço, na construção de um curta metragem proposto para o EDITAL DE CHAMAMENTO PÚBLICO CMDCA N.º 01/2020 com uma proposta de intervenção comunitária no âmbito do Serviço de Convivência Fortalecimento de Vínculos (SCFV) na região do Campo Belo (CB) em Campinas – SP - Brasil.

O território do serviço está localizado na região Sul de Campinas, é composto por 18 bairros e foi citado no mapa da exclusão (2005) como dos mais vulneráveis do município, realidade que permanece até os dias atuais e foi agravada após a pandemia. Vanessa Aguiar, coordenadora do SCFV do Instituto Padre Haroldo, serviço carinhosamente chamado de Aprender Mais, nos relata:  “Elaboramos um projeto voltado à garantia de direitos tendo nosso “que-fazer” apoiado nos princípios da Educação Popular, ou seja, nas reflexões a partir da leitura de mundo dos/as participantes. Os objetivos foram o de promover a participação ativa de crianças e adolescentes assim como da comunidade em geral por meio da produção de um vídeo, que possibilitou a oportunidade para que as pessoas envolvidas com o SCFV ampliassem suas compreensões sobre a complexidade relacionada a este grupo, de modo a qualificar as práticas cotidianas. Nossa intenção foi também de proporcionar aprendizados relacionados ao áudio visual, divulgando os resultados e, com isso, fortalecer a rede de Garantia de Direitos.”

O curta metragem "Ponto de Partida" foi produzido em parceria com a Produção audiovisual: laboratório Cisco e projeto da equipe de educação social do Instituto Padre Haroldo, tendo como estratégia a metodologia participativa, valorizando cada experiência dos participantes no cotidiano do SCFV. Ao longo do processo, crianças e jovens participaram da filmagem, edição conforme interesse manifesto. Foram narradores/as e guias, apresentando seu território, casas, culturas, familiares e olhares sobre a rede de equipamentos locais. Eles e elas foram os/as “especialistas” a conduzirem os educadores/as sociais e equipe de audiovisual nessa pesquisa sobre seus cotidianos. “Neste percurso as câmeras estiveram presentes, dentro e fora do espaço institucional, e tornaram-se um elemento dos espaços de convivência. Todos/as podiam manusear o material, dizer, aparecer, fazer expressões, fazer a cena acontecer.” compartilha Felipe Ramos , educador social que acompanhou e conduziu o projeto junto às crianças. Vanessa, ressalta ainda que "Com as câmeras nas mãos, as crianças e jovens denunciaram as injustiças e anunciaram as muitas possibilidades." Cada etapa desse processo contribuiu para pensar a execução de políticas públicas enfocando as potencialidades, culturas e saberes particulares a partir das próprias pessoas, e não de suas carências e vulnerabilidades. Foram 12 meses de um projeto que transborda em 14 minutos de cena.
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